sexta-feira, 25 de junho de 2010

CARANGUEJOS

Caranguejos


Existem muitos tipos diferentes de caranguejos mas as variedades mais frequentes são os Caranguejos Anémona Neopetrolisthes ohshimia, os Caranguejos Seta Stenorhynchus seticornis e os Caranguejos Ermita Dardanus megistos. Os Caranguejos Anémona vivem em anémonas, tal como os Peixes-Palhaço, e variam imenso na cor e no formato. São normalmente adquiridos indirectamente quando se compram anémonas mas algumas vezes são vendidos separadamente. Estes caranguejos devem ter uma anémona hospedeira para que se sintam bem. Os Caranguejos Seta são animais muito interessantes mas devem ser mantidos apenas um por aquário, senão irão lutar continuamente. Pelo mesmo motivo, não devem ser mantidos com Camarões Coral. Os Caranguejos Ermita são também interessantes e variam em cor e tamanho. A maioria é passiva mas alguns comerão corais e outros invertebrados.
Os camarões são geralmente omnívoros e estão prontos a aceitar as mesmas comidas que os peixes. Tal como os camarões, os caranguejos só comem a comida que chega ao fundo do aquário. Portanto, assegure-se que alguma comida chega aos caranguejos.
http://www.vidaaquatica.com.br/cp/loja502/web/marinhos.asp










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Re: Aquario para caranguejos, Muitas duvidas =P
por Deh em Qui Abr 30, 2009 11:11 am
Olá Le_Mex!
Bom eu montei um aquaterrário a pouco tempo.. (pode ver aqui: http://www.aquaonline.com.br/forum/viewtopic.php?f=5&t=24189)
Mas nesse caso eu montei especificamente para minhas rãs.
Esse aquário vai passar para um de 50L em breve mas enfim, esse tem 20L e fiz da seguinte forma: Coloquei um pequeno aquário de 1L e pouco deitado no fundo do áqua e cobri com cascalho, formando essa rampa. Nunca usei nada para alcalinizar, apenas mantenho a água constante, e os carangueijos estão vivendo muito bem, já trocaram de pele e tudo mais. Se você adicionar conchas no áqua, isso vai ajudar na alcalinização;
Recentemente adicionei areia na parte seca, eles adoram fazer tocas nela..
Sobre as lagostas, eu nao recomendo, eles vão brigar até a morte.. Já não sei sobre camarões.. pelo menos meus carangueijos são muito dóceis e vivem bem com qualquer animal que não ataquem.. se os camarões não mexerem com ele acho que não haverá problemas.
Não uso oxigenação pois nem eles e nem a rã gostam de água se movimentando, e como tem uma parte seca, não necessita de oxigenador automatico.
A iluminação mantenho apenas uma lampada fluorescente de 20W.

Lembrando que estou te falando isso como criador, e não como profissional. Estou apenas te dando dicas de como está meu aqua pois os bichinhos estão vivendo muito bem nele!
Espero ter ajudado!
Qualquer coisa que precisar é só chamar aqui.. E espero fotos da montagem do seu!
Abraços!
http://www.aquaonline.com.br/forum/viewtopic.php?f=20&t=24364

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Projeto Uça :::
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Fase I - SET/1998 à AGO/2001


O Projeto Uçá foi originado pelo interesse da comunidade sobre a criação do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) em cativeiro. Numa revisão, foi surpreendente o número reduzido de artigos sobre a espécie, mesmo abordando sua biologia, apesar de sua importância econômica. O Uçá é um dos caranguejos de manguezal que serve como alimento humano e fonte de renda para comunidades litorâneas. A indisponibilidade de dados biológicos sobre a espécie, necessários ao desenvolvimento de um pacote tecnológico realmente efetivo, alterou a idéia inicial do projeto. Assim, o Projeto Uçá I estudou aspectos da biologia pesqueira deste recurso na região de Iguape (SP), recebendo da FAPESP cerca de R$ 95.000,00 em função do Proc. # 98/06055-0, utilizados nas despesas com equipamentos e com coletas de campo. Desta primeira fase resultaram 2 livros, 7 artigos em periódicos nacionais/internacionais, 2 artigos em anais, 16 resumos científicos e 5 artigos em revistas de divulgação/jornais

Fase II - JUL/2003 à JAN/2006


Com base nos resultados obtidos na Fase I e para responder dúvidas dirimidas pelo IBAMA, o projeto de pesquisa entra agora numa segunda etapa iniciada em julho/2003. Também com financiamento da FAPESP Proc. # 02/05614-2), o Projeto Uçá II conta com recursos da ordem de R$ 285.000,00, destinados ao desenvolvimento da pesquisa na região de Iguape (SP). Entre os objetivos propostos o Projeto Uçá II visa apresentar um método ecológico preditivo que relacione a densidade do caranguejo com aspectos bióticos/abióticos do manguezal, além de caracterizar sua preferência alimentar, associada à disponibilidade e composição química das folhas. Outros aspectos a serem pesquisados referem-se ao rendimento e qualidade da carne deste recurso, bem como trabalhos de educação ambiental junto às crianças de ensino fundamental e pescadores da região. Este projeto tem envolvido vários alunos, inclusive de outras universidades, que vêm desenvolvendo monografias, dissertações e teses nos objetivos apresentados anteriormente.



http://www.csv.unesp.br/P_pequisa/projetos/crusta/uca.php












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http://www.colegioweb.com.br/biologia/caranguejo
O uçá, de patas peludas e avermelhadas é uma das espécies de crustáceo mais procuradas no litoral do país.

De um caranguejo, as partes com mais carne são as patas da frente, terminadas em pinça. O resto do bicho é quase todo descartado. Quando catavam caranguejos, os povos da floresta retiravam-lhes só a pinça. Como qualquer crustáceo, a pata regenera e o bicho não é sacrificado. Assim, nunca faltaria caranguejo no mangue. Os caiçaras caranguejeiros também têm seus princípios que, de forma consciente ou não, atuam a favor da conservação dos crustáceos. Quase sempre desprezam as fêmeas, que são menores e têm pouca carne. Fêmeas ovadas, nem pensar. Quando enterram a mão em uma toca, percebem pelo tato se é fêmea ou macho.


Antigamente, quando ninguém dependia do caranguejo para sobreviver, os bichos eram capturados só na época da "andada", quando são menos ariscos e saem de suas tocas caminhando vagarosamente, totalmente vulneráveis. O estranho comportamento está ligado à época da reprodução. No litoral baiano, dizia-se que andavam ao atá - o mesmo que andar à toa ou às tontas. Hoje, há populações litorâneas que vivem quase exclusivamente da coleta dos caranguejos. São chamados de "povos da lama".

Além da atividade ter se intensificado, muitos catadores passaram a coletá-los indiscriminadamente. Não se sabe com exatidão, mas há indícios de que a população de caranguejos está se ressentindo. São duas as espécies encontradas no país que têm interesse econômico, pela abundância e porte avantajado: o caranguejo-uçá e o guaiamu ou guaiamum.

O primeiro vive no interior do mangue, na parte sob influência das marés; o outro, nas bordas, em locais mais secos, sombreados pelas matas ciliares. No Estado de São Paulo, o guaiamu virou uma espécie rara, devido à pesca excessiva e principalmente pela destruição de seu hábitat.

Nos mangues do Pará, há informações de que o tamanho médio dos caranguejos está diminuindo ano a ano, dificultando a vida dos catadores. Seria injusto dizer que somente a pesca indiscriminada é responsável pela diminuição dos estoques dos crustáceos. O aterro dos mangues, as indústrias que lançam o esgoto nos rios e o desmatamento contribuem para a quebra da cadeia alimentar, expulsando e eliminando espécies.

Além da pesca ser cada vez mais intensiva, novas técnicas fazem com que os animais sejam capturados durante todo o ano e sem distinção. A armadilha de ráfia é uma delas. O catador coloca na entrada da toca um emaranhado de fios. Quando o caranguejo sai para se alimentar, acaba se enroscando e fica preso, seja ele jovem, adulto, macho ou fêmea. Outra, bastante cruel, consiste em jogar uma pedra de carbureto dentro da toca.

Em contato com a água, o material libera um gás que obriga o animal a sair rapidamente, podendo até causar sua morte. Esta técnica deixou de ser usada pois o gás afeta a carne e prejudica o sabor. Alguns catadores pescam à moda indígena, retirando só a pinça. O problema é que o corte deve ser feito na articulação junto à base e, na maioria das vezes, o apêndice é retirado sem nenhum cuidado, danificando estruturas respiratórias ligadas à pinça e causando a morte do bicho.

O conhecimento científico sobre o caranguejo-uçá e o guaiamu é muito restrito, o que torna difícil estabelecer regras para a captura. Para se ter uma idéia dessa dificuldade, há uma portaria em vigência que estabelece a época de defesa, quando a captura é proibida, que vai de 1º. de setembro a 15 de dezembro, para as regiões Sul e Sudeste. Porém, esse período foi baseado em informações vindas do Nordeste.

Outra portaria proíbe a pesca de caranguejas ovadas. Pesquisadores do departamento de biologia aplicada da Unesp - Universidade Estadual Paulista de Jaboticabal estão fazendo um grande estudo sobre a biologia do caranguejo-uçá na região de Iguape, no litoral de São Paulo, o "Projeto Uçá". Desde setembro de 1998, uma população está sendo analisada por meio das 150 amostras coletadas por mês, que são congeladas, pesadas, medidas e classificadas em grupos de interesse, para serem mensuradas.

Um maior conhecimento sobre a biologia dos caranguejos poderá ajudar os órgãos fiscalizadores a adotar critérios para regulamentar a pesca, de forma que não seja predatória. A delimitação exata da época reprodutiva, por exemplo, está sendo estabelecida pela análise do percentual de fêmeas ovadas nas amostras.

Sabe-se que o uçá se reproduz na época quente do ano. Por enquanto, os pesquisadores encontraram fêmeas ovadas de novembro a março, com maior porcentagem em dezembro. Espera-se que, com os resultados finais do projeto, as leis de defesa sofram modificações.

Outra maneira de diminuir a pressão sobre a população de caranguejos seria a criação em cativeiro. Muita gente tem se interessado por isso. Porém, ainda há empecilhos que inviabilizam esse tipo de criação. Quando os ovos do caranguejo-uçá eclodem, as larvas seguem para o mar. À medida que se desenvolvem, vão voltando ao mangue. Em uma criação, a salinidade tem que ir se modificando de acordo com os estágios das larvas. Assim também acontece com a alimentação, específica para cada estágio larval.

Acrescenta-se a isso a grande mortalidade natural das larvas, extremamente frágeis. Pesquisadores da Unesp conseguiram, em laboratório, passar por todos os estágios de larva em pequena escala. Mas uma criação comercial ainda não é viável. Há uma tradição caiçara de criar guaiamus, a outra espécie procurada pelos pescadores, em chiqueiros, alimentando-os de restos de comida. Porém, aí eles não procriam, só engordam.

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